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Cisam realiza cirurgia inédita em feto de seis meses - Universidade de Pernambuco

Cisam realiza cirurgia inédita em feto de seis meses

Um feto no sexto mês de gestação passou por uma cirurgia inédita realizada no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam). Primeiro filho de uma mãe de 17 anos de idade, ele teve a traqueia ainda em formação desobstruída, aumentando as suas chances de sobrevivência. A fetoscopia, a primeira deste tipo ocorrida na unidade de saúde integrante do Complexo Hospitalar da Universidade de Pernambuco (UPE), foi executada na quarta-feira (9) por uma equipe multidisciplinar, formada por ultrassonografista, fetólogo, obstetra, anestesista e equipe de enfermagem do bloco cirúrgico. O especialista Maurício Saito, de São Paulo, participou do procedimento como convidado.

De acordo com o coordenador do Serviço de Ultrassom Materno-Fetal do Cisam/UPE, Pedro Pires, a cirurgia foi necessária porque o feto tem uma hérnia diafragmática, malformação grave que compromete o desenvolvimento dos pulmões. Sem a inédita cirurgia, teria poucas esperanças de sobrevivência após o nascimento. As hérnias diafragmáticas congênitas (HDC) são condições raras, porém graves, que afetam aproximadamente um em 2.000 recém-nascidos.

A fetoscopia - em inglês, o procedimento passou a ser chamado de FETO (“Fetoscopic endotracheal occlusion” – Oclusão endotraqueal fetoscópica) - consistiu na introdução de um balão na traqueia do feto, guiado por ultrassom, com a mãe em anestesia geral. "A oclusão da traqueia fetal poderá proporcionar melhor desenvolvimento pulmonar e melhorar os resultados da cirurgia de correção definitiva após o parto", destaca Pedro Pires.

Além da participação sem ônus ao Cisam do cirurgião paulista, as despesas com os materiais usados no procedimento foram custeadas pelos integrantes da equipe médica, do grupo Mulheres do Bem e do grupo de voluntárias do Hospital do Câncer que apoiam causas sociais.

Segundo decisão do Conselho Federal de Medicina de abril de 2018, o procedimento de oclusão traqueal fetal endoscópica é de alta complexidade, só podendo ser realizado em caráter experimental em centros especializados de referência, dotados de infraestrutura adequada, e por médicos especialistas em medicina fetal, com equipe multidisciplinar capacitada.