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Notícias - Universidade de Pernambuco

Professor e aluno de Matemática da UPE sugerem novas formas de abordar a Covid-19 na educação básica

 

FOTO: Professor Esdras Jafet e aluno Douglas de Souza, do curso de licenciatura em Matemática, Campus Mata Norte da UPE

A matemática pode ser uma ferramenta eficiente para mostrar aos alunos da educação básica a importância da adoção de medidas sanitárias e do distanciamento social para reduzir a curva de infectados pelo coronavírus. Um professor e um estudante do curso de Matemática do Campus Mata Norte da Universidade de Pernambuco (UPE) descrevem, em um artigo científico, como um software simples e gratuito pode ajudar a convencer os mais jovens a abrir mão de suas práticas de convívio social e melhorar hábitos de higiene, servindo como vetores dessas mudanças também para suas famílias. 

Doutor em matemática, o professor Esdras Jafet, do curso de licenciatura em Matemática em Nazaré da Mata escreveu, em parceria com o aluno Douglas de Souza Rodrigues da Silva, do sétimo período, o artigo “Achatando a curva da Covid-19: discutindo estratégias usando o GeoGebra”, publicado recentemente na Revista Eletrônica de Educação Matemática da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Em 21 páginas, eles descrevem como o GeoGebra, um dos mais utilizados e difundidos softwares de matemática escolar, pode ser utilizado além da sua finalidade básica, que é a de realizar construções geométricas de forma dinâmica.

Com o software, professores e alunos podem utilizar recursos para tratar problemas de probabilidade e estatística, manipular expressões de forma  simbólica, bem como a capacidade de executar algoritmos numéricos. Com isso, transformam o GeoGebra em uma ferramenta computacional apropriada para discussão de aplicações sofisticadas da matemática.

Esdras e Douglas sugerem duas aplicações no GeoGebra, uma voltada ao aluno e outra ao professor da educação básica. Na aplicação para os alunos é usada a abordagem clássica de simular o modelo SIR utilizado no estudo da disseminação de doenças virais não letais que conferem imunidade permanente.

O objetivo é mostrar que o modelo exibe o comportamento qualitativo típico de epidemias desse tipo: crescimento exponencial inicial, a fase de redução da taxa de crescimento até atingir o platô da curva de infectados e finalmente, o decaimento até a extinção da epidemia.

Embora esse modelo não seja adequado para previsões, nem para estudar a Covid-19, que é uma doença letal em alguns casos, ele se presta a identificar características qualitativas que foram vivenciadas em países onde a epidemia já passou, como a China. A aplicação é desenvolvida nos moldes de uma atividade a ser realizada pelo aluno, possibilitando vivenciar as fases da construção de conhecimento envolvidas na metodologia da modelagem matemática.

Na aplicação para o educador, é adaptada a simulação desenvolvida para os alunos para explicar, qualitativamente, a eficiência das medidas de combate à Covid-19 sugeridas pelas autoridades de saúde pública. Embora direcionado ao professor, a aplicação também pode ser feita em forma de atividade pelo aluno, desde que lhe seja fornecida orientação.

De acordo com os autores do artigo, “a modelagem matemática tem se mostrado uma promissora metodologia de ensino e aprendizagem da matemática na educação básica. Ela coloca o estudante como o sujeito ativo do processo, invertendo significativamente os papéis dos alunos e do  professor. Boa parte das recentes pesquisas em educação matemática tem defendido esse caminho, que está em consonância com as diretrizes do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) refletidas nas recentes modificações do Sistema Educacional Brasileiro a partir das recomendações da Base Nacional Comum Curricular em vigor.

O artigo original pode ser lido na íntegra clicando aqui.

Colégio Pernambucano de Ciências Forenses quer parcerias com a UPE

FOTO: Paulo Goethe/UPE

Criado em julho de 2020, o Colégio Pernambucano de Ciências Forenses pretende desenvolver projetos institucionais em parceria com a Universidade de Pernambuco (UPE).

A proposta foi apresentada nesta segunda-feira (14) pelo presidente da nova entidade, Diogo Ramos, em visita ao reitor Pedro Falcão. O dirigente estava acompanhado do integrante do conselho fiscal, Marcos Oliveira. O chefe da Procuradoria Jurídica (Projur) da UPE, Luiz Edmundo Celso Borba, e o pró-reitor de Pós-graduação, Pesquisa e Inovação (Propegi), Sérgio Campello, também participaram do encontro.

Com mais de 50 associados, entre profissionais graduados nas áreas de direito, saúde e segurança pública e estudantes de cursos afins, o CPCF vê na UPE uma parceria estratégica porque a universidade conta, desde 2009, com o primeiro programa de mestrado em perícias forenses na modalidade stricto sensu.

Com 40 vagas previstas para 2021, o curso investe na formação de profissionais a partir de três linhas de pesquisa (Identificação humana; Violência; Perícias, Riscos/Saúde do Trabalhador e Auditoria em Gestão).

Ao longo de 11 anos de existência, o curso teve 92 discentes titulados e conta com 54 projetos em andamento. O programa já diplomou mestres de diversas áreas do conhecimento como Ciências da Saúde (Medicina, Enfermagem, Odontologia, Fonoaudiologia, Educação Física); Ciências Biológicas (Biólogos); Ciências Humanas (Educação e Psicologia); Ciências Sociais Aplicadas (Direito) oriundos da região Norte-Nordeste do Brasil (Amazonas, Piauí, Maranhão, Paraíba). 

O corpo docente do mestrado é formado por 15 profissionais com formação diversificada e atuação como peritos dos Institutos de Medicina Legal de Pernambuco e Paraíba, auditores e peritos oficiais.

UPE participa de inquérito nacional de saúde sobre cobertura vacinal

FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em plena época de discussão sobre a importância da vacinação contra o coronavírus, uma investigação financiada pelo Ministério da Saúde através do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) vai ajudar a mapear como está a imunização das crianças brasileiras em relação a doenças que já haviam sido controladas no país. No Recife, o trabalho que terá início na terça-feira (15/12) será coordenado pela Universidade de Pernambuco (UPE).

A pesquisa “Inquérito de Cobertura Vacinal nas capitais brasileiras” tem o objetivo de estimar a cobertura vacinal de crianças nascidas em 2017. O estudo vai coletar informações sobre as vacinas BCG, hepatite B, poliomielite, pentavalente, rotavírus humano, febre amarela, meningococo conjugada C, pneumococo conjugado 10 valente, influenza, hepatite A, tríplice viral, varicela e reforço para DPT e poliomielite, por meio da análise da caderneta de vacinação das crianças, desde seu nascimento até momento da entrevista.

O objetivo geral é estimar a cobertura vacinal aos 12 meses, aos 18 meses e aos 24 meses de idade, de residentes nas áreas urbanas de 19 capitais e em Brasília. O número total de inquéritos será de 52 e o tamanho da amostra geral será de 23.504.

No Recife, o trabalho de levantamento - que será distribuído em quatro inquéritos, cada um deles com 452 nascidos vivos - será coordenado pela professora da Faculdade de Ciências Médicas da UPE, Maria Bernadete de Cerqueira Antunes. Médica sanitarista e com mais de 20 anos de experiência em saúde pública, ela destaca que o inquérito poderá definir novas estratégias que possibilitem melhorar o acesso à vacinação das crianças brasileiras. “Não podemos perder os resultados históricos que alcançamos. É importante recuperar a cobertura vacinal perdida”, afirma.

A pesquisa terá duração de 28 dias úteis, com o trabalho de campo sendo concluído em janeiro. No Recife, os entrevistadores conversarão com pais de crianças nascidas em 2017 para saber os possíveis motivos que resultaram em alguma lacuna na caderneta de vacinação. “Ë muito importante que a população receba os pesquisadores”, defende Bernadete Antunes. Munidos com uma carta de apresentação do Ministério da Saúde e da universidade, eles visitarão domicílios das classes A, B, C e D escolhidos por critérios censitários. Na capital pernambucana, a meta é coletar dados de 1.808 crianças.

A professora da UPE acredita que a queda da cobertura vacinal no país pode ter relação direta com a dificuldade de acesso de alguns pais a postos de saúde, mas ela também considera que a recente onda de negacionismo apresente algum impacto em surtos como os de sarampo de 2018. Em 2007, Bernadete Antunes participou de pesquisa semelhante, o que serviu como motivo para o convite feito pelo Ministério da Saúde. 

Para a UPE, esta parceria representa um reconhecimento pela produção científica da universidade. Estudos sobre vacinação fazem parte de uma das pesquisas de extensão da Faculdade de Ciências Médicas. Uma residente participará da coleta e análise dos dados.

O inquérito nacional é coordenado pelo médico e professor adjunto do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, doutor em epidemiologia pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo e membro do Comitê técnico Assessor do Programa Nacional de Imunização,  José Cassio Morais, e financiado pelo Ministério da Saúde através do CNPq.

UPE inicia convocação de profissionais para o Cisam

FOTO: UPE

A Universidade de Pernambuco (UPE) deve iniciar na terça-feira (15) o processo de nomeação de 21 enfermeiros e 39 técnicos de enfermagem para o Centro Universitário Integrado de Saúde da Mulher Amaury de Medeiros (Cisam). A contratação temporária terá duração de até seis meses, renovável pelo mesmo período. A autorização leva em conta o déficit atual de funcionários na unidade de saúde provocado pela pandemia de Covid-19.  As vagas serão preenchidas seguindo a Seleção Simplificada ainda em vigor na UPE (porque há banco de reserva e compatibilidade de atribuições). Com o reforço aprovado pela Câmara de Política de Pessoal do governo do estado, a unidade de saúde vinculada ao complexo hospitalar da UPE vai regularizar durante esta semana o seu funcionamento. Na sexta-feira (11), o Cisam suspendeu as cirurgias eletivas, mas manteve o atendimento dos casos considerados emergenciais.

Projeto de professor do Campus Garanhuns tem aprovação e verba do CNPq

FOTO: Tiago Goes/Divulgação

Espécies de formigas da Mata Atlântica e da Caatinga terão a tolerância térmica máxima investigada em um estudo conduzido por um pesquisador da Universidade de Pernambuco com o apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Professor adjunto do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental (PPGCTA) da UPE e do Programa de Pós-Graduação em Etnobiologia e Conservação da Natureza (PPGETNO), recentemente associado à instituição, Xavier Arnan, do Campus Garanhuns, pretende identificar qual é a temperatura na qual os organismos morrem ou perdem a capacidade locomotora quando expostos a mudanças térmicas.

As formigas são componentes cruciais da maioria dos ecossistemas terrestres devido à sua grande abundância e diversidade de serviços ecossistêmicos que desempenham. O projeto visa caracterizar a tolerância térmica máxima das principais espécies deste inseto da Mata Atlântica e da Caatinga, assim como determinar a qualidade e vulnerabilidade dos principais serviços ecossistêmicos promovidos por formigas em relação a esses limites térmicos.

A pesquisa intitulada “Tolerância térmica fisiológica e sua relação com a qualidade e vulnerabilidade dos serviços ecossistêmicos promovidos por formigas na Mata Atlântica e Caatinga” pretende atuar nos principais ecossistemas terrestres mais ameaçados do Nordeste. Nesses locais, muitas espécies de plantas dependem das formigas, bem por protegê-las contra a herbivoria de outros insetos (serviço proteção) como por levar suas sementes para outras áreas (serviço dispersão).

A pesquisa também visa a formação de novos especialistas. A proposta é trabalhar com quatro estudantes de pós-graduação e seis de graduação do curso de licenciatura em Ciências Biológicas da UPE Garanhuns. “A formação destes recursos é de extrema importância, pois a região Nordeste ainda é carente de profissionais qualificados nas áreas de ecologia e biologia da conservação”, reforça o professor. Atualmente, a equipe de pesquisa do professor está formada por Geraldo Nascimento (estudante de mestrado), Allana Sabrina Freire e Carlos André Ferreira (estudantes de iniciação científica) e Talita Câmara (pesquisadora pós-doutoral), e espera-se a incorporação de outros estudantes de pós-graduação e graduação na equipe durante os próximos meses. 

O projeto será executado na Reserva Biológica de Pedra Talhada e no Parque Nacional do Catimbau. A REBIO Pedra Talhada ocupa uma área de 4,3 mil hectares, com uma temperatura média anual de 23-25º C e precipitação anual de 1250-1750 mm. Aproximadamente 103 espécies de formigas e mais de 800 espécies de plantas já foram identificadas neste trecho de Mata Atlântica. Já o PARNA Catimbau tem uma superfície de 62,3 mil ha com uma temperatura média anual de 25º C e precipitação anual entre 480 e 1.100 mm. Aproximadamente 100 espécies de formigas foram observadas no parque até agora.  

Nessas áreas serão amostradas as formigas e suas interações com as plantas. Para cada espécie de formiga, várias operárias serão recolhidas, e posteriormente no laboratório, colocadas em tubos de microcentrífuga dispostos em um aquecedor de banho seco, onde a temperatura será aumentada a cada três minutos e será registrada a temperatura em que se observou a perda de controle muscular ou morte. Cada espécie também será caraterizada com o tamanho do corpo e outros traços morfológicos, história evolutiva (analises moleculares) e uso de micro-habitat. Finalmente, experimentos serão realizados para determinar a eficiência dessas espécies de formigas nos serviços de proteção anti-herbivoria e dispersão de sementes.

O estudo será uma contribuição importante para a compreensão da relação entre a biologia térmica dos organismos e a qualidade e vulnerabilidade dos serviços ecossistêmicos oferecidos, assim como da capacidade de resposta da biodiversidade às ações humanas com importantes implicações no futuro da região e das florestas tropicais e fauna associada frente os novos cenários de mudanças climáticas.

O projeto também pretende utilizar recursos para confeccionar material informativo contendo os principais resultados do trabalho em linguagem acessível ao público (residentes e visitantes) e escolas do entorno das áreas de estudo. Também se pretende desenvolver projetos de extensão a partir dos tópicos da proposta a ser realizados na região. Catalão, o professor Xavier Arnan integra os quadros da Universidade de Pernambuco desde fevereiro deste ano. Ele obteve a aprovação do CNPq na chamada pública "Bolsas de Produtividade Tecnológica e Extensão Inovadora (DT)".